Ode
leiga ao elefante
Oh elefante...
você...
é...
por quê...
hã...
e também...
hum...
e além.....
....
....
Ó elefante
Porque seu p** é tão grande?
El Muchacho Torero Matador
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Carta
de paixão bestialista
Ainda me lembro de você
Daquela tarde de amor bestial
Você me tomou em seus braços
E me mostrou seu lado animal
Nunca ninguém me tocou como você
Sinto arrepios só de lembrar
Basta alguém latir no meu ouvido
Que sinto meu cabelo eriçar
Mas então, você nunca mais ligou
Como você foi sumir assim?
Ser de espécies diferentes
Não é um problema pra mim
Então Rex me ligue agora
E venha ser feliz nesse outono
Da eternamente sua...
Perna do amigo do seu dono.
El Muchacho Torero Matador
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Soneto
sobre Ornitorrincos nº 6738
Tem patas de pato, pelos e um bico.
É meu mamífero semiaquático favorito
Tem cauda de castor, põe ovos e sua leite.
E seus esporões venenosos não são enfeite
Ornitorrinco, ornitorrinco
Sabe, seu nome rima com zinco
Eu sei que isso não fez sentido
Mas, Perdoe esse escritor combalido
Depois do primeiro verso
Não tive mais ideias, confesso
Mas tive que continuar o soneto
Enfim é tarde e amanhã eu matuto
Então, Aceite esse singelo tributo
Meu caro plátipo ninfeto.
El Muchacho Torero Matador
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Miau Au Au
Au
au au, assim fez o Miau!
Miau
au au este som é surreal!
O
Miau que ontem miava hoje fez au au
O
Au Au acordou estranho abriu a boca e fez Miau
O
Au Au subiu no muro e caiu
Não
tinha sete vidas, o coitado se explodiu!
O
miau de olho grade engoliu aquele ossão
Entalou
tudo na goela, foi pior que indigestão!
Miau
au au este som é surreal!
Au
Au Miau eu amo os Animal!
Alex Rex Félix
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Um tormento animal
O
filhote diabólico late sem parar
Dia
e noite
Noite
e dia
Acho
que não vou aguentar
Passos
as noites pensando
Em
uma vingança fatal
Que
mate este bicho
E
este ruído sobrenatural
Já
pensei em enforcá-lo com um cinto
E
acabar com este tormento
Ou
então cortando a língua
Pra
que sirva de exemplo
Pensei
também numa forma mais normal
Jogar
uma bola de chumbinho, pro canino se dar mal
Mas
ainda é capaz dele devorar o aperitivo
E
de forma bem sagaz me olhar com um sorriso
Já
não consigo viver com essa presença infernal
Ou
é ele
Ou
sou eu
Um
vai ter que se dar mal!!!
Eva Marta Berenice
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O ELEFANTE
Construo um elefante
Com
todas as minhas ferramentas
Uso
photoshop
Na sua tromba
O
encho de beleza, leveza e alta resolução.
O
control C vai ajudar
Que ele tenha orelhas que causam paixão.
No
seu corpo vou usar efeitos
Que
jamais aparecerão
Suas
presas serão brancas, fortes e reluzentes
Lindas
como os dentes
de
qualquer galã ascendente
e
por fim, brilho nos olhos,
fluidez
e simpatia,
pois
elefante que se preza
sabe
linkar com harmonia.
Eis
o meu lindo elefante
Pronto
para ser compartilhado
Ter
amigos no instangram
Nesse
mundo fantasiado
Ei-lo,
de alta resolução
Fácil
de ser enviado
Comentado
Twitado
Acessado
Numa
home ou num tumblr
Ele
vai ser visitado.
Vai meu elefante!
Pelo
facebook
Querem
curtir
Essa
beleza animal
Que
jamais foi firewall
È
fácil baixar,
Compartilhar
Até
pode virar
Um
spam
Sem
travar
E
já tarde da noite
volta meu elefante,
mas volta
hackeado,
cyberaterrorizado
acabaram seus megapixels
seu servidor foi invadido
seu download
ficou rígido
o seu link foi quebrado
seu zip foi
descompactado
sua banda não é mais larga
e ele rapidamente foi
desconfigurado
Amanhã retomarei
com um novo upgrade
e outro bicho criarei
mais acessado que o rei.
Gato de Botas
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Descrente
Nunca vi gato malhado
Muito menos andorinha sinhá
Nem sei quem é Jorge Amado
Pra poder imaginar
Um gato casado e uma andorinha a noivar!
Gato de Botas
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Poema Nº 43
Ato
poético
O gato faz au au!
O cachorro faz miau!
E eu tento escrever
Sem sair da real!
Gato de Botas
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Todos os meus ga(s)tos
Todos
os meus cinco gatos me infernizam de noite e de dia
De
tarde eles me amam
Mas
só quando dou comida.
Quando
meus quinze gatos querem sair eu não deixo
Mas
quando quero que eles saiam eles não querem
Depois
vamos pra terapia
Eu,
eles, os cinquenta gatos
E
o seu Zé da Portaria
(pra
ajudar)
Aqui
em casa não tem areia
Eu
não moro numa praia
É
que meus cinquenta gatos sabem dar descarga
O
problema é a conta da Copasa
Mas
pior faltar água do que eu ficar
Com
malcheiro em casa!
Ração
é outro ponto importante em nossa relação
E
dir-lhes-ei o porquê
Ração
de arroz, ração de salmão
Nada
disso meu gato quer
Enquanto
como meu miojo
Meus
setenta gatos comem filé
Se
eu dissesse, meus gatos desmentiriam,
Mas
como eles são meus melhores amigos
Deixo-os
guardados a sete chave dentro do Coração
Coração
é como eu chamo a caixinha deles
Tão
bonita, tão delicada
Tão
cara a mim e a eles
Que
me custou os olhos da cara
E
uma válvula na aorta
Mas eles preferem uma boa caixa de papelão.
Claro que meu sofá minha cama meu armário meu vestido
Estão
todos bem arranhados
Mas
com cento e oitenta gatos
Pra
quê viver num estilo alinhado?
Mas
a companhia deles é tão gostosa
E
eles são tão fofos
Que
posto noite dia no Feice
Posto
no Twitter
Posto
no Intagram
Posto
no Linkedin
Posto
no G+
Meu
emprego já perdi
Meu
amigos já me deixaram
Meu
ex-marido já não me liga
Meus
filhos se mudaram
E
minha mãe me deserdou
Mas
nada me é mais caro
Do
que a companhia – e uma bela foto – dos meus gatos!
Freak
Cat Lady
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A
tristeza do jeca
Eu
tenho um bicho
Um bicho portátil
Um
bicho moderno
Contemporâneo
Mobile
Concreto
Um bicho-grilo
Jacu
Circunspecto
Introspectivo
Um bicho bom
pra
coçar no escuro
Ele
é um bicho de pé
Um
bicho que não senta nunca
Sinto muito, meu bichinho
Se
tenho que te tirar com esta agulha.
Chico Bento
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Layka e Eu
Eu
ganhei uma amiga que mais parece uma inimiga
Que
todos os dias me incomoda,
Chata,
inconveniente e muito barulhenta,
Quando
alguém chega não consegue ficar quieta.
Por
isso decidi que seu lugar seria no fundo da casa
Próximo
das plantas e da área de serviço.
O
que não foi uma boa ideia!
A
começar pelas varias roupas que pegou no varal e ainda rasgou
Incluindo
as plantas de anos de cultivo que foram devoradas por ela.
Só
de pensar fico com raiva já visitei até uma casa de adoção
Mas
algo foi mais forte e me impediu de deixá-la um tipo de afeto infantil
Ainda
não sei explicar o que é; fico preocupado se esta bem alimentada,
se
não falta água, se sua saúde esta boa.
Enfim
acho que o lugar da Layka é no espaço
que
estava vazio no meu coração.
Plutão de Marte
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Dieta Paradoxal
o pato do vizinho pôs um ovo
a pata da mãe dele quis doar o rebento
para comerem de patê no pão
demorou tanto que nasceu
a pata da mãe do dono do pato
criou o bicho com o gato
e a pata fresca ele comeu
se encheu como pavão
onde já se viu, que atrevimento!
a pata do vizinho pôs um ovo
Maria
Leitoa
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Abre o olho Charlie Brown
O homem que não possui um cão como amigo seu,
Aquele a quem não emociona o balançar de boas
vindas do rabinho de seu cão,
Está maduro para a solidão, o choro e a perdição
Na sua vida, sua integridade física e moral se
perdeu,
Na sua rotina, esse famigerado pede socorro!
Desconfia de tal homem e compre um cachorro!
Snoopy Dog
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BARTOLOMEU
O
irmão ganhou um cachorro.
Adorado
pela irmã, mimado pela mãe.
Odiado
pelo pai.
Bartolomeu
assim o chamaram.
Bartôlo
para os íntimos.
Era
mel.
Na
cor, na sensibilidade, no viver.
Tinha
mania de fugir de casa.
Voltava
com galho agarrado no pelo
E
cheiro de cobertor molhado.
Às
vezes, namorava as vira-latas da rua.
Se
apaixonava, se enlouquecia. Uivava.
Bartolomeu
era safado, poético, astuto.
Comilão,
machão, turrão.
Gostava
de se exibir.
Em
suas fugas, demorava até 12 horas nas estradas da cidade.
Todos
o conheciam.
“Vi
seu cachorro na escola”
“Vi
o Bartôlo na rodoviária”
Ninguém
o pegava. Era arisco.
Não
gostava de criança. Claro, ele era a criança.
Nunca
perdia seu posto.
A
criança da casa, da família, da vida.
Uma
rede na varanda era seu paraíso.
Bartôlo
deitava todas as noites.
E
tirava longos cochilos.
Pulava
e subia várias vezes para sentir o balançar.
Quem
passava rua
Poderia
se encantar.
Gostava
da caça, do outro, do todo.
Brigava
com o pai, roubava-lhe a carne do prato.
E
recebia o xingamento:
“PASSA
FOME”.
Odiava
passear de carro. Gostava de nadar.
Chegou
a atravessar uma lagoa atrás de um pato.
Depois
de 8 anos de convivência, resolveram celebrar.
E
saíram para passear.
Mas
ouviu-se um estouro.
Um
carro massacra Bartôlo.
E
todos se põem a chorar.
O
carro quebrou-lhe as costelas.
Maldito
dia, maldita hora. Malgrado seja!
A
família senta na rede.
Não
há nada a fazer.
Aquele
dia terminou
Sem
a menor concretude
Sem
abraço
Sem
cor.
A
família sentiu, pela primeira vez
O
fundo do poço da dor.
BJÖRK
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Matando cachorro a
grito!
Meu
amor, o que vou falar não é um bicho de sete cabeças.
Você
pede para eu escolher entre esta coisinha linda ou você?
Saiba
de uma coisa:
Minhas
lágrimas nunca foram de crocodilo.
Nunca
imaginaria que você teria tanta minhoca na cabeça.
Pensa
que tenho espírito de porco?
Pensa
que eu compraria gato por lebre?
Agora
estou realmente coma macaca.
Desta
vez não vou engolir mais sapo,
ou
ficar dando voltas como uma barata tonta.
Sim
meu bem, tem boi na linha.
A
vaca já foi para o brejo
Agora
vejo com olhos de coruja.
Você
é um lobo em pele de cordeiro,
não
vale um caracol.
Calma,
já vou escolher entre este bichinho ou você.
Pois
diga meu amor,
você
acha que, devido à sua cabeça de
formiga,
ele deve pagar o pato?
O
que você quer?
Nos
fazer de gato e sapato?
Pode
esquecer, seu plano deu zebra.
Ninguém
será seu boi de piranha.
Agora
vou lavar minha égua.
Agora
é que a porca torce o rabo,
e
você vai dar com os burros n'água,
pois,
voltando à vaca fria,
minha
escolha se dará em pouquíssimas palavras:
PODE TIRAR O SEU CAVALINHO DA CHUVA.
Pronto,
falei!
Bezerra
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Bueiro
Ratazana
Ratazona
Ratatá
TaNaZonaRáRáRá
Rabo sai do esgoto
Rato escroto
Splinter the Master
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Enigma do Apocalipse
Cê é bicho
come lixo
cão salsicha
homem bicha
porco sujo
pouco sebo
pombo podre no assento
ta roçando o movimento
Bode "o" Expiatório
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Madame Buterfly
Ela é linda rapariga
potranquinha
uma gata
mas se vem um garanhão
espora maior que a minha
vaca gorda! sua galinha
piranha do rio mandú
se eu sou bode cê é
urubú!
carniceira de serpente
vira o rabo e mostra os
dente
se chifre fosse chapéu
penteado igual a gel
eu ainda te dava um
murro
um coice porque sou
burro!
Cornélius Ritsvovski
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Sereia Tropical
O sapo na beira do rio
é o rei da cantoria
canta todos bofe magia
com sua peruca tingida
foge das pererecas
porque tem alergia
cobra é sua alegria
nas noites de lua cheia
Muitos chamam tal
criatura
de vocalista sereia
boca no microfone
gulosa nos montes de
areia
sua voz é fascinante
encanta os marinheiros
que a procura de
puteiros
deliram na fantasia
nessa louca zoofilia
Sapo Cucucu
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Charada sertaneja
Que bicho é aquele sô
Que ê vem de lá?
Saltanu brejeru
Daqui pra lá?
Que bicho é aquele sô
Que ê vem de lá?
Giranu as anca
Modi rebolar?
Que bicho é aquele sô
Que ê vem de lá?
Baten' us caniçu
Sem nunca
trupicar?
Que bicho é aquele sô
Que ê vem de lá?
Revirand' us zóis
Quase sem piscar?
Que bicho é aquele sô
Que ê vem de lá?
Acenanu as mãos
Modi me agradar?
Que bicho é aquele sô
Que ê vem de lá?
Mas é bicho ou é gente sô?
Vou lhe prerguntá.
Mas que bicho é aquele sô
Que ê vem de lá qu' eu num
sei?
Pruquê tem
tanta gente
Cum cara de animá...Ah sô! ...deixa pra lá!
Xitåõzinho
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Não é para admirar?
Meu bicho preferido
Tem a cara de um cavalo
O olho de peixe morto
E nariz de tamanduá
Tem um pescoço de cisne
O peito forte de um gorila
Os dentes são de crocodilo
Mas canta como um sabiá
Tem riso de hiena brava
Corre com um avestruz
Escuta como um cachorro
É arisco como um carcará
Ronca como um porco gordo
E mija como um cavalo
Salta leve
como um cabrito
Mas fede como um gambá
Pesa como um elefante
Empaca como um
jumento
Nada ágil como um golfinho
E está aprendendo a falar
Não é
para admirar?
Ovídio
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Sonho enigmático
Sonhei que era um rato
Sonhando que era uma gato
O gato comeu o rato
E começou a sonhar que era um rato
O rato no sonho para enfrentar o gato
Virou um gato e começou a perseguir o rato.
S Freud
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Verão de vacas magras
Uma andorinha não faz verão
Muitas
Também não
(Safo)
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Ela é a
Rainha do Lar
quando eu chego, já me
espera na porta, andando de um lado para o outro
é sobretudo minha amiga
sempre me faz companhia
durante as refeições
senta-se à mesa, mas,
despojada, também come no chão
a minha querida...
quando demoro,
ela fica ansiosa, come
muito açúcar,
e sobe pelas paredes...
VEJA, sei que com cabra
não pode, mas...
e com formiga?
Lésbica Minimalista
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au au au
(p)au...(p)au...(p)au...
um poema sexual?
(atch)au...(atch)au...(atch)au.... um
poema bem gripal?
(n)au (n)au?
(n)au? um poema down?
não,
não não, não é isso não.
au au
au - é um poema pro animal.
Uau!
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Quem sou eu?
Não sou bicho não sou gente,
naturezas diferentes
Nascido de um castigo
do adultério fui gerado
Um conflito permanente
uma fome insaciável
sete jovens de presente
um a um são devorados
Teseu no labirinto
com o fio de ariadne
Na espinha sinto frio
com o perigo preocupado
Fui aqui no meu recinto
por Teseu surpreendido
eu podia ter fugido
eu teria escapado
Foi assim o meu destino
fui ferido de verdade
da existência de maldito
fui com a morte libertado
Minotauro