1º LUGAR
Ode à Nau
Sensacio - NAU!
Sobrenatural - NOW!
Transcendental - NOW!
Surreal - NOW!
Filosofal - NOW!
Atual - NOW!
Canibal - NOW!
Descomu - NAU!
Imperial - NOW!
Brutal - NOW!
Conceitual - NOW!
Especial - NOW!
Fenome-NAU!
Ani- MAL!
E no fi- NAL...
NOW! NAU!
Walmir Sávio
2º LUGAR
Tradicioanal sexo transcendental
Para um bom sexo oral
Uma transa transcendental
Mas antes do bacana bacanal
Use um bom creme dental
Também não se esqueça
Do básico fio dental
E para um quente sexo anal
Aquela xuca tradicional
Kennia Gulosa dos Santos
3º LUGAR
O LOBISOMEM DE COPACABANA
Ele uiva no mar
Ele uiva na praia
Ele uiva no calçadão
Ele não uiva
nem pra Peter nem pra Paul
Ele uiva
pra José Maria e João
Ele uiva com paixão
O Lobisomem de Copacabana
não bebe uísque
bebe cana
se cansou de ser do mal
é querido, é bacana
E tem mil gatinhas afim
Anas, Giseles, Clarices
Abraços e beijinhos sem fim.
O Lobisomem de Copacabana
não precisa atacar
se tá nervoso ele deita
na beira do mar
chama Iara e se acaba
de tanto sonhar
Auuuuuuuuuuuuuuu!
Francisco Apocalypse
MENÇÃO HONROSA
1 - Maria das Trevas
Debuxadura de um feminino
Parida de uma megera em fúria
Uma das três foi ela
Desde cedo anoiteceu a manhã da menina
Maldita e espantada por bocas velhas de línguas banguelas
Aos do lado era sempre escurejada
Pensavam: que era uma espécie de múmia de olhar acravado
Sentiam: como se tivesse uma alma fóssil.
Viera natimorta com o azarão do sopro da vida
Uma alegria vazia sobrou do seu sumiço
Foi aos escondos da ensimesmação e não voltou
De alma boa, mas que não se salva
Pôs em pedaços o destino
Derivou em horas cósmicas
Em quilômetros negros
O sol fez do mar um sal
Do pingo calcário surgiram duas pontas
Hordas de tudo foram e não voltaram
Prógonos findaram seus óvulos criativos
E pronotos piscaram em lumens infinitos
De tudo passou pelo furo desentupido do tempo
Solas de couro moeram-se no cetim dos labirintos
Hoje sabe-se que é de cãs carvoentas
Predição de andorinhas no escôo dos fumos
Enfrentando diariamente as braças no fornilho
Impedindo a corredeira da ardência
Numa guerra estertorosa sobre a chapa ferrugenta
Por anos queimados
No mais profundo dos fundos
Aos narizes sonolentos, prudência!
De lá! Cá não sei bem aonde, mas vêem
Emanam suaves lembranças da lenha
Nos mil olhos das fuças que se esterçam
Sentindo as misturadas nos ventos do avesseiro
Existe de certo, mas ninguém encontra o fundamento
Mais que estranhos acossos enovelados
De ter a certeza de perder um meio-dia inteiro
Para o fado do foitoso que tenciona a procura
Querer ver o tijupá é um sonho mal dormido
Não se tem notícias de como é, foi ou se é um futuro
Desvairam uns que dizem saber na dúvida
Se no contra do oco da gameleira
Se na lura do xenartro
Com entrada esgarçada na mão e colmatada pelo musgo
Ou ainda na panela de quase uma jarda mal medida
Com borda amontoada de bolego, feito peão charrua
Um grifo que não se mostra em livro
Lugar que não vai ninguém
Inventam uns, sem propósito ou cargas d’água
Que o estrupício parece um berbigão sem concha
Parece difícil, mas que valha essa tal coisa medonha
E que firmem na afirmação que até voa
Com umas secas asas tingidas cor-sangue
Que precisam ser hidratadas para dar sustentação
Como vela de jangada, só que na maldade
Pois precisa de imolamentos de gargantas
Para distender a nervação da gárgula antes dos seus passeios
Aos olhos? Só a poeira dos presunçosos
O macaco é que tem na austeridade dos galhos
Na proeza fugaz do ir e vir
O testemunho mudo dos seus gritos
Por ouvir calado o medo na cara dos brutos
O deságüe dos risos sem dentes que espantam os bichos
Daquela que ninguém vê. Aquela que se fala demais
Aquela que a balança não pesa mais
Ou vez em quando na barulhada das tralhas
Pra servir a bóia dos de confiança
Uma animalada que surge feito mandraca
Uns meio de fininho, mas que brigam por não sei o quê
Madrugadas bordadas de ganidos
Ela ri um riso franciscano
E eu?
Ainda acredito.
Xamps Lumbra
2 - Petit Mort
ela quer andar de mãos dadas
com a lolita que lhe deu sorvete
tem os peitinhos cor de pitanga
e mora no vale do loire
ela quer pegar na cintura
da mestra esbelta e ruiva
que fuma debaixo da chuva
nas escadarias da notre dame
ela quer beijar a vulva
da dançarina do moulin rouge
que morreu afogada no rio sena
e reaparece nas noites de lua cheia
ela quer chupar os seios
da vampira que saiu do filme
e acariciou suas coxas brancas
entre os túmulos do père lachaise
ela quer passar a mão na bunda
da dama de roupas negras
que vaga sem cabeça pelas ruas de paris
foi guilhotinada na revolução francesa
ela quer entrar na tela do italiano
masturbar a mona lisa
e sair limpando os dedos
nas saias das bailarinas de degas
ela quer cheirar a calcinha de frida kahlo
e depois se deitar com ela
no quarto amarelo de van gogh
o seu desejo não tem juízo
ela quer morder o pescoço
das prostitutas de lautrec
gozar na boca da vênus de milo
e enfiar a língua na origem do mundo
Cindir
3 - O VISITANTE NOTURNO
Numa noite fria de inverno, escura , e silenciosa
Ouvi de repente ao longe, soar um ruído estranho
Lentamente abri os olhos devagar,e temerosa
Cobri parte do meu rosto e quieta fiquei observando
Chovia fino
O vento assobiava
As janelas rangiam
A coruja piava
Com os olhos semi –cerrados, apenas entreabertos
Percebi apavorada de longe um vulto passando
Tinha um corpo branco difuso, os movimentos espertos
Olhos fundos, encovados e longos cabelos castanhos
Com passo lentos e respiração e fria
Aproximou-se suave e segurou-me pelas mãos
Minha cabeça de leve sacudia
Apertando com força o meu coração
Por que temes a morte e não a sorte?
Disse-me então com voz rouca, e cavernosa
A morte é certa, tolinha, a sorte duvidosa,
Injusta cruel, sorrateira e caprichosa
Tão rápida e ligeira , breve como o vento
A forma estranha num instante se esvaneceu
E eu tomada de espanto grande parte do tempo
Parada fiquei pensando como isto aconteceu
(Ismália na torre)
4 - Hard, o era
Poltergeist
podcast
Win
dows
Fantasma,
fantoche
Mac
intosh!
Mac
umba
ghostbusters
grands
busters
5 - Exe.orcista
Susto
Buuuuuuuuuuuuu!!!!!!
Fantasma
6 - Trocadalho: Vampirismo, narcisismo & misticismo na Transylvania
O Vampiro Narciso pouco medo tinha
de cruz, de alho, água benta e profecia
Mas um pior pavor ele tinha,
Olhar para o espelho e não ter sua imagem refletida .
Ex-Conde Drácula
HORS CONCOURS
minas gerais
estou sem poesia
que seja digna
de suas ondas
seus mares de morros
suas meias laranjas
minas gerais
estou sem poesia
que seja digna
de seus trotões
seus cascos
cravados na terra
seus matos-espaços
morcegos-cavernas
minas gerais
estou sem poesia
que aporte
ou que fuja
que voe
ou ancore
nenhuma palavra
é capaz de imitar
o ocaso laranja
rasgando as saudades
Ana F.
Prece
aurora, hora dos mortos
galhos secos estalam
ventos de extrema-unção.
Maniqueas
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