quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A concorrência está forte




Lai Cai

LOBOLOBO = Lóbolo
BOLOBOLO = Bololô

Li Tai

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Ode leiga ao elefante

Oh elefante...
você...
é...
por quê...
hã...
e também...
hum...
e além.....
....
....
Ó elefante
Porque seu p** é tão grande?

El Muchacho Torero Matador

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Carta de paixão bestialista

Ainda me lembro de você
Daquela tarde de amor bestial
Você me tomou em seus braços
E me mostrou seu lado animal
 Nunca ninguém me tocou como você
Sinto arrepios só de lembrar
Basta  alguém latir no meu ouvido
Que sinto meu cabelo eriçar

Mas então, você nunca mais ligou
Como você foi sumir assim?
Ser de espécies diferentes
Não é um problema pra mim

Então Rex me ligue agora
E venha ser feliz nesse outono
Da eternamente sua...
Perna do amigo do seu dono.


El Muchacho Torero Matador
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Soneto sobre Ornitorrincos nº 6738

Tem patas de pato, pelos e um bico.
É meu mamífero semiaquático favorito
Tem cauda de castor, põe ovos e sua leite.
E seus esporões venenosos não são enfeite

Ornitorrinco, ornitorrinco
Sabe, seu nome rima com zinco
Eu sei que isso não fez sentido
Mas, Perdoe esse escritor combalido

Depois do primeiro verso
Não tive mais ideias, confesso
Mas tive que continuar o soneto

Enfim é tarde e amanhã eu matuto
Então, Aceite esse singelo tributo
Meu caro plátipo ninfeto.

El Muchacho Torero Matador

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Miau Au Au

Au au au,  assim fez o Miau!
Miau au au este som é surreal!
O Miau que ontem miava hoje  fez au au
O Au Au acordou estranho abriu a boca e fez Miau

O Au Au subiu no muro e caiu
Não tinha sete vidas, o coitado se explodiu!

O miau de olho grade engoliu aquele ossão
Entalou tudo na goela, foi pior que indigestão!

Miau au au este som é surreal!
Au Au Miau eu amo os Animal!

Alex Rex Félix

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Um tormento animal

O filhote diabólico late sem parar
Dia e noite
Noite e dia
Acho que não vou aguentar

Passos as noites pensando
Em uma vingança fatal
Que mate este bicho
E este ruído sobrenatural

Já pensei em enforcá-lo com um cinto
E acabar com este tormento
Ou então cortando a língua
Pra que sirva de exemplo

Pensei também numa forma mais normal
Jogar uma bola de chumbinho, pro canino se dar mal
Mas ainda é capaz dele devorar o aperitivo
E de forma bem sagaz me olhar com um sorriso

Já não consigo viver com essa presença infernal
Ou é ele
Ou sou eu
Um vai ter que se dar mal!!!

Eva Marta Berenice

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O ELEFANTE 

Construo um elefante
Com todas as minhas ferramentas
Uso photoshop
Na  sua tromba
O encho de beleza, leveza e alta resolução.
O control C vai ajudar
Que  ele tenha orelhas que causam paixão.
No seu corpo vou usar efeitos
Que jamais aparecerão
Suas presas serão brancas, fortes e reluzentes
Lindas como os dentes
de qualquer galã ascendente
e por fim,  brilho nos olhos,
fluidez e simpatia,
pois elefante que se preza
sabe linkar com harmonia.

Eis o meu lindo elefante
Pronto para ser compartilhado
Ter amigos no instangram
Nesse mundo fantasiado
Ei-lo, de alta resolução
Fácil de ser enviado
Comentado
Twitado
Acessado
Numa home ou num tumblr
Ele vai ser visitado.

Vai  meu elefante!
Pelo facebook
Querem curtir
Essa beleza animal
Que jamais foi firewall
È fácil baixar,
Compartilhar
Até pode virar
Um spam
Sem travar

E já tarde da noite 
volta meu elefante, 
mas volta
hackeado, 
cyberaterrorizado
acabaram seus megapixels
seu servidor foi invadido
seu download
ficou rígido
o seu link foi quebrado
seu zip foi
descompactado
sua banda não é mais larga
e ele rapidamente foi
desconfigurado
Amanhã retomarei
com um novo upgrade
e outro bicho criarei
mais acessado que o rei.

Gato de Botas

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Descrente

Nunca vi gato malhado
Muito menos andorinha sinhá
Nem sei quem é Jorge Amado
Pra poder imaginar
Um gato casado e uma andorinha a noivar!

Gato de Botas

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Ato poético

O gato faz au au!
O cachorro faz miau!
E eu tento escrever
Sem sair da real!


Gato de Botas

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Todos os meus ga(s)tos
Todos os meus cinco gatos me infernizam de noite e de dia
De tarde eles me amam
Mas só quando dou comida.

Quando meus quinze gatos querem sair eu não deixo
Mas quando quero que eles saiam eles não querem

Depois vamos pra terapia
Eu, eles, os cinquenta gatos
E o seu Zé da Portaria
(pra ajudar)

Aqui em casa não tem areia
Eu não moro numa praia
É que meus cinquenta gatos sabem dar descarga

O problema é a conta da Copasa
Mas pior faltar água do que eu ficar
Com malcheiro em casa!

Ração é outro ponto importante em nossa relação
E dir-lhes-ei o porquê

Ração de arroz, ração de salmão
Nada disso meu gato quer
Enquanto como meu miojo
Meus setenta gatos comem filé

Se eu dissesse, meus gatos desmentiriam,
Mas como eles são meus melhores amigos
Deixo-os guardados a sete chave dentro do Coração

Coração é como eu chamo a caixinha deles
Tão bonita, tão delicada
Tão cara a mim e a eles
Que me custou os olhos da cara
E uma válvula na aorta

Mas eles preferem uma boa caixa de papelão.

Claro que meu sofá minha cama meu armário meu vestido
Estão todos bem arranhados
Mas com cento e oitenta gatos
Pra quê viver num estilo alinhado?

Mas a companhia deles é tão gostosa
E eles são tão fofos

Que posto noite dia no Feice
Posto no Twitter
Posto no Intagram
Posto no Linkedin
Posto no G+

Meu emprego já perdi
Meu amigos já me deixaram
Meu ex-marido já não me liga
Meus filhos se mudaram
E minha mãe me deserdou

Mas nada me é mais caro
Do que a companhia – e uma bela foto – dos meus gatos!

Freak Cat Lady

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 A tristeza do jeca
Eu tenho um bicho

Um bicho portátil
Um bicho moderno

Contemporâneo

Mobile
Concreto

Um bicho-grilo

Jacu
Circunspecto
Introspectivo

Um bicho bom 
pra coçar no escuro
 Ele é um bicho de pé
Um bicho que não senta nunca

Sinto muito, meu bichinho
Se tenho que te tirar com esta agulha.

Chico Bento

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Layka e Eu

Eu ganhei uma amiga que mais parece uma inimiga
Que todos os dias me incomoda,
Chata, inconveniente e muito barulhenta,
Quando alguém chega não consegue ficar quieta.

Por isso decidi que seu lugar seria no fundo da casa
Próximo das plantas e da área de serviço.
O que não foi uma boa ideia!
A começar pelas varias roupas que pegou no varal e ainda rasgou
Incluindo as plantas de anos de cultivo que foram devoradas por ela.

Só de pensar fico com raiva já visitei até uma casa de adoção
Mas algo foi mais forte e me impediu de deixa-la um tipo de afeto infantil
Ainda não sei explicar o que é; fico preocupado se esta bem alimentada,
se não falta água, se sua saúde esta boa.
Enfim acho que o lugar da Layka é no espaço
que estava vazio no meu coração.


 Plutão de Marte

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 Dieta Paradoxal

o pato do vizinho pôs um ovo
a pata da mãe dele quis doar o rebento
para comerem de patê no pão
demorou tanto que nasceu
a pata da mãe do dono do pato
criou o bicho com o gato
e a pata fresca ele comeu
se encheu como pavão
onde já se viu, que atrevimento!
a pata do vizinho pôs um ovo

Maria Leitoa
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Abre o olho Charlie Brown
O homem que não possui um cão como amigo seu,
Aquele a quem não emociona o balançar de boas vindas do rabinho de seu cão,
Está maduro para a solidão, o choro e a perdição
Na sua vida, sua integridade física e moral se perdeu,
Na sua rotina, esse famigerado pede socorro!
Desconfia de tal homem e compre um cachorro!

Snoopy Dog

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Quem é a banca da BPP8?

Conheça os responsáveis por escolher os piores poemas da BPP8.


1 - Sávio Leite

Mestre em Artes Visuais pela UFMG. Foi Coordenador das Oficinas de Audiovisual BH Cidadania. Ex- Presidente da Associação Curta Minas / ABD/MG. Produtor independente: Mirmidões, 2001 (Premio de Público – 5a Mostra de Cinema de Tiradentes), Marte, 2003 (Melhor animação – 5a Mostra de Vídeos do Mercosul e 3a Mostra Curta Minas), Plutão, 2004 (Melhor animação – Cine Esquema Novo – Festival de Cinema de Porto Alegre). O Vento, 2004 (Melhor animação no CINE PE – Festival Audiovisual de Recife ).

2 - Bya Braga

BYA BRAGA. Atriz e diretora cênica. Professora e pesquisadora, área de Interpretação (Atuação) e Improvisação teatral, Curso de Teatro e Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Doutora em Artes Cênicas pela UNIRIO-RJ, com a tese "Étienne Decroux e a artesania de ator". Mestra em Estudos Literários (Semiologia do Teatro) pela UFMG, com a dissertação "Texto como utopia de cena: ´A Morta` (de Oswald de Andrade) em decomposição". Especialista em Teatro pela UNIRIO. Bacharel em Terapia Ocupacional pela UFMG. Atriz com formação no Curso Técnico de Formação de Atores-Teatro Universitário da UFMG. É coordenadora do Grupo de pesquisa "Laboratório de Atuação (LAPA)"
.

3 - Sergio Fantini

Mineiro de Belo Horizonte e com raízes fincadas em Sabará, Sérgio Fantini começou sua carreira em 1976, com um livro de poemas. Depois de migrar para o conto e a novela, publicou 
Cada um cada um, Coleta coletiva e 
A ponto de explodir, esse de 2008. Participou de várias antologias, entre elas Novos Contistas Mineiros (Mercado Aberto), Quartas Histórias, contos baseados em narrativas de Guimarães Rosa (Geração Editorial) e Cenas de Favela - As melhores histórias da periferia brasileira (Geração Editorial/Ediouro), além de 35 maneiras de chegar a lugar nenhum (Bertrand Brasil).

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Novos Poemas Inscritos!!! Au au au


Aranha, cachorro e fogo.

Quando criança
sonhava em ser tarântula. 
Queria ter longas pernas pretas,
Armá-las como uma bailarina,
Queria correr, saltar, armar. 
passar pelo ritual de troca de pele,
e desaparecer como purpurina.
Queria passar medo nos outros. 
E encantar os mais curiosos. 
Queria bordar como uma artesã. 
E divulgar minha arte em Amsterdã.  
Um belo dia achei uma tarântula na horta da minha casa.
Coloquei a coitada em um aquário.
Dei-lhe nome: Mafalda. 
Mas ela era arisca, azeda e não conversava. 
Certa vez, Mafalda trocou de pele
e fugiu do aquário.
Me enganou!
Mafalda hoje vive livre.
E nunca mais me procurou!
Cansei do sonho de ser aranha. 
Resolvi ser qualquer uma.
Acabei comprando um cachorro.
Ele chegou, pulou no aquário e comeu a pele da aranha.
Nossa, que cão levado! Vai chegando e colocando fogo da casa!
Chamei ele de Nero. 
Meu Nero vive livre. Pondo fogo por aí.
Já me disseram que ele convive bem com uma certa Mafalda que vive na horta!

BJÖRK
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Quanta amolação!

Um elefante
Amola muito a gente
Dois  pernilongos amolam amolam muito mais
Dois pernilongos amolam muito a gente
Três carrapatos amola amolam amolam muito mais
Três carrapatos amolam muito a gente.
Quatro baratas amolam, amolam, amolam, amolam muito mais.
Quatro baratas amolam muito a gente
Cinco pulgas amolam amolam amolam amolam amolam muito mais
Pronto! Chega de tanta amolação!

Mestre André

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Amore ...amore

- Te amo Salette! Te amo te amo, Salette!
- Jorge...que lindo! Repete, repete!
-Quero  você, ao meu lado! MInha rainha! Meu tesouro!
- Meu rei! Meu  bezouro!
- Vamos nos casar?
- Agora mesmo! É prá já!
- Lua de mel em...Jacarepaguá!
- Perfeito! Vou adorar!
- Só tem uma condição Salette, e disto eu não abro mão!
- Fale querido, fale meu  coração!
- Ou eu... ou eles, meu bem?
- Eles  quem Jorge? Eles  quem???
- Seus cinco cachorros  Salette !Cinco! Pra mim isto  é demais!
- Jorge! nunca soube , de sua determinação,  jamais, jamais...jamais!
- Então o que me diz?
- Sobre a escolha que eu fiz?
- Claro Salette, estou ansioso...preciso saber-
- Jorge,fico com eles,  isto não posso lhe  esconder....
-Com eles Salette!!!!!Com eles!!!!Mas que decepção!
-Sinto muito Jorge, isto mesmo, são ele é que mandam no meu coração!

Le chien Andalou
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Poema Nº 32

É isso aí  bicho!!
  
-E aí bicho? Quanto tempo! Cê  tá bom bicho?
 -Tô.
 -Cê sumiu!..... Tá trabalhando muito, bicho?
 -Tô.
 -Casou? Vai casar bicho?
 -Vô.
 -Tá apaixonado né bicho! rs   rs rs
-Tô.
-Me conta aí, bicho, tá morando no mesmo lugar?
-Tô.
-E o teu filme, bicho! Vai fazê?
-Vô.
 - Cê já conseguiu a grana bicho, comé que tá,.... vai rolá?
 Grrrrrr au au au au auau grrrrrrr, auau grrrrrrrrr auau au auau grrrrrr
-Grrrr auau 
 grrrr auau
- Rs  rs rs  rs...entendi  bicho, é isso aí bicho!

 (Gata Mansa_)
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Barulhinho do Cão

O galo canta. Um carro passa, a porta bate, o cachorro late. O galo canta outra vez, o galo do vizinho responde e mais dois outros de longe. O cachorro continua latindo. A dona que mora ao lado grita, a criança chora. Um homem assovia. Outros cães ladram ao longe. Alguém grita ao portão. O cachorro late. Na casa da frente ligam o rádio, na dos fundo ligam a televisão. O martelo bate. A lavadeira bate a roupa no tanque. O canário canta junto com a vizinha. O homem continua assoviando e o cachorro latindo. E o canário. E o galo. Uma panela cai. Um outro cão late. Fogos. Cães latindo juntos assustados. Uma moto passa. Malditos cães! Outra porta bate, ou pela força, foi batida por alguém.  Fica latindo apenas um cachorro de longe. O vento faz as folhas das árvores soarem como um chocalho e o cachorro do lado começa outra vez.  O vento pára, o cão não. Um barulho de talheres e pratos e uma mãe discutindo com o filho. Um telefone. O cão. O vento. Um grilo, legal! Um cão uiva, e o outro, mesmo, ainda late. Mais grilos. Um barulho de bola. Buzina de moto. O mesmo cão. O homem havia parado, começa assoviando o mesmo pedaço da mesma música. O mesmo latido do cão, o rádio da vizinha da frente e a televisão da vizinha do fundo estão mais baixos agora. Um caminhão passa na rua de baixo. A medida que a noite vai se afundando dentro do silêncio, tudo vai parando e ficando calado. O cão insiste, mas fica com vergonha, porque tudo está tão quieto, o homem que assovia sem parar foi dormir,  e ele fica latindo, se sente sozinho ou fica com raiva porque não incomoda ninguém, ele pára, finalmente.

Marylin Geraes
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O terror dos natais em família

Amilcar é pequinês
tem focinho sem-focinho
e jeito de poucos amigos.
Sabe o que é, Ti-Zezé?
Não leve pro pessoal. 
Diz a moça do veterinário
que ele é temperamental.

Regininha Poltergeist

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