domingo, 23 de novembro de 2014

NA ULTIMA SEMANA PARA AS INCRIÇÕES, OS POEMAS NÃO PARAM DE CHEGAR

Poema N°41

Liberdade

Foda-se os padrões,
Foda-se o caralho.
Eu quero é dormir
Nesta cama de orvalho.

Fidirico fi di Fidirco

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Poema N°42

Arrogância


Quanta ignorância.
A que ponto chegou
a intolerância!

Fidirico fi di Fidirco

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Poema N°43

PERDIDA


Já sei coisa demais nessa vida....
Não preciso conhecer todos os caminhos.
Desconhecer é uma forma de permitir que o outro te conduza.
Então me dê o braço, me dê a mão, um abraço ou uma carona.
Me mostre o caminho... mas venha comigo!

Conceição Raquel

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Poema N°44

TODA HORA


Senti uma vontade imensa de ter você em meus braços.
Beijar sua boca, tocar sua pele.
Isso não me era permitido.
Compromisso, deveres, sociedade, trabalho, tempo, estudos.
Existiam obstáculos demais.
Mas você quis e eu também
E vivemos uma coisa doida... forte.
Cheias de suspiros e de fome.
Cheias de vontade e de sono.
Cheia de sexo e poesia.
Na noite. Que poderia esconder dois corpos negros que se desejavam além das convenções sociais. Que se conheciam e se desfrutavam. Que aguçava o outro só por existir.
Que tinha no ritmo e na dança, no sorriso e nas pernas a grande diversão... inversão... invenção... profissão.
Que tinha no abraço a súplica, no beijo a promessa e em lugares obscuros a concretização do que se desejava a anos.
Companhia cumplicidade ideias em comum. Vidas opostas... outros sujeitos... outras histórias... trajetórias divergentes... e nosso tempo... passou....
Passou e carregou consigo minha coragem.
Passou e carregou consigo a sua determinação.
Mas deixou dentro de mim um gosto bom.
Meu medo não quer mais permitir.
E você aceita, concorda... respeita?
E eu repito prá mim que não posso prá evitar ter coragem... evitar querer novamente.
E você (prá me matar, quebrar o que me resta de sensatez, estraçalhar meu bom senso) se promete meu quando eu quiser. Toda hora.
Na cabeça o respeito. Um vazio no peito. E na boca a vontade de dizer “aceito!”

Conceição Raquel

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Poema N°45

O Uirapuru

O amor...
Bicho estranho louco desvairado,
Se finge de santo mas é puro pecado.
Se esconde no meio do mato,
Olha, assunta e muda a forma - formato.
Você corre, o cerca.
Ele pula, voa e as vezes parece ri.
Mas agente incansável corre de novo, pula com o racional envolto - entorno de nós e nada.
Fico escondido num canto a espreita e ele me bica por trás e me faz sentir essa cruel dor.
Sento e desanimo
E a navalha com seu fio fica enterrado na alma.
Foi-se embora a astúcia.
E esse bicho estranho que achei que já era extinto existiu
Como um Uirapuru
O bicho do céu azul que canta
No mato para que o resto se cale
E deixe que as plantas do mato exale seu perfume.
Mas ainda fico na espreita a procura-lo...

Scapino

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